Por que a umidade dos graos influencia sua comercialização

Elemento determina tipo de armazenagem e até o valor do produto. Para ter uma boa produção é preciso mais do que ter uma lavoura sempre verde e repleta de frutos prestes a serem colhidos. Parte do lucro do produtor no momento de comercialização de grãos vem de etapas anteriores, do cultivo à colheita.

 

Na lavoura, é preciso cuidar para espantar as pragas, garantir o aporte de água necessário para aquela cultura e assegurar a saúde da terra para que as plantas cresçam fortes.

Mas, também é essencial saber qual é o momento certo de fazer a colheita dos alimentos — seja ela manual ou automatizada.

Além da maturação fisiológica do alimento, é necessário observar o seu teor de umidade, em especial dos grãos, como milho, soja e feijão antes de fazer a coleta. Essa característica influencia muito na qualidade deles e até no preço que é pago por cada saca.

Dureza!

Os grãos precisam ter entre 13% e 15% de umidade em seu interior para serem colhidos sem grandes prejuízos. Posteriormente, se necessário, eles podem ser levados para uma secadora para complementar a evaporação da água.

Respeitar esses valores é imprescindível para o produtor, uma vez que grãos com baixa taxa de umidade se tornam mais duros e quebradiços.  Logo, eles são danificados durante o processo de colheita mecanizada e perdem valor no momento da venda.

Armazenamento

O teor de umidade também facilita a armazenagem dos grãos em sacas e silos sem a necessidade de secagem artificial. A regra serve para todos os alimentos: a umidade leva à proliferação e micro-organismos — fungos, bolor, etc — que podem ser nocivos à saúde.

Outro ponto importante é que a umidade também degrada o grão, fazendo com que fermente, estrague e apodreça mais rapidamente. Ela também pode dar início à germinação do grão, fazendo com que ele perca valor comercial, uma vez que está pronto para retornar à natureza e originar outra planta.

Secagem

A fim de garantir maior vida útil de seus grãos, o produtor pode investir em secadoras para acelerar a perda de umidade dos alimentos.

A secagem pode ser natural, que é o que ocorre quando os grãos são expostos à radiação solar e ao ar quente. É um processo mais demorado e que depende do clima.

O processo também pode ser feito de forma artificial, com secadoras que aquecem e sopram ar seco e quente sobre os grãos, removendo a umidade. Esse modo de secagem, totalmente automatizado, pode ser um pouco mais rápido, uma vez que não depende do clima, e ainda aumenta o valor da produção.

Aferição

Mas, como o produtor sabe o momento exato de colher o grão e qual é o teor de umidade da sua produção?

Existem aparelhos portáteis que podem ser levados para a lavoura a fim de fazer a checagem do teor de água presente nos grãos antes de ser feita a colheita. Os medidores de umidade são bastante funcionais e podem ser encontrados também no modelo de bancada, mais caros e precisos.

Clima

A natureza tem total influência na questão da umidade nos grãos da lavoura. E os efeitos climáticos são fundamentais para o lucro ou prejuízo do produtor. Um ano com muita estiagem vai prejudicar o desenvolvimento das plantas, mas favorece o momento da colheita.

Já um ano muito chuvoso também pode prejudicar o crescimento da plantação, levando ao apodrecimento de raízes, o aumento da umidade dos grãos, e assim, atrapalhando a colheita.

O equilíbrio é, portanto, fundamental para quem vive do campo. Poder contar com equipamentos que ajudem a corrigir a rota sempre que necessário é importante para o produtor e também para o consumidor.

Querendo ou não, a umidade dos grãos acaba influenciando a qualidade e o preço daquilo que consumimos.

 

 

 

 

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