A água tônica pode ser substituída por outros ingredientes. As bebidas são refrescantes e muito...
844 visitantes online
O isolamento social incentivou mudanças nos lares dos brasileiros, que precisaram se tornar mais funcionais e acolhedores e isso fez com que o setor de decoração e construção registrasse um alta significativa nos últimos meses.
Os brasileiros passam boa parte do dia fora de casa, seja trabalhando, estudando ou em outros compromissos. E por isso para muitas pessoas, o lar era visto como um ambiente de transição e mero dormitório, contudo, isso mudou com a chegada da pandemia do corona vírus.
O isolamento social foi adotado mundialmente como medida de prevenção contra a doença e de uma hora para a outra, as pessoas passaram a realizar grande parte das atividades em casa. Isso fez com que não demorasse muito para começarem a fazer pequenas reformas e mudanças na mobília como comprar guarda-roupas, cadeiras de escritório e outros acessórios essenciais.
Isso aconteceu porque, uma vez em casa, foi possível perceber inúmeras falhas que antes eram meros detalhes. Ambientes pouco funcionais e a falta de um cômodo para o escritório ficaram evidentes e despertaram o desejo de mudança.
Em 2020, o setor de construção, arquitetura e decoração teve um ano surpreendente. No início da pandemia, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) fez uma projeção de 11% de encolhimento para o setor. Entretanto, esta estimativa acabou recuando para 2,8% em dezembro de 2020 e foram criados 140.000 novos postos de trabalho em meio à crise.
Uma pesquisa realizada pelo Grupo Consumoteca revelou que 55% das pessoas da classe A e 39% da classe C fizeram mudanças na decoração da casa durante a pandemia. A Mobly, um marketplace focado em móveis e decorações, teve um aumento de 100% nas vendas.
Os dados mostram que, independentemente do poder aquisitivo, as mudanças e reformas foram uma tendência durante a pandemia. No início, as pessoas focaram em ajustes menores e que não precisavam de um grande aporte financeiro. No entanto, com o avanço da crise sanitária, reformas mais robustas ganharam espaço.
Em algumas empresas, o trabalho remoto já era uma realidade, mas a porcentagem de trabalhadores que operavam desta maneira ainda era muito pequena. Por isso, o isolamento social foi uma situação atípica para pessoas em todo o mundo.
Trabalhar de casa exige algumas adaptações:
A internet precisa ser mais rápida, as cadeiras de escritório são fundamentais e as escrivaninhas facilitam a rotina, além de ajudar a criar uma estação de trabalho mais adequada para quem precisa ficar horas na frente do computador, por exemplo. Então, muitas pessoas investiram nesses itens no início da crise, com o objetivo de criar um ambiente melhor.
A convivência constante com os familiares também foi uma novidade. Ambientes integrados, como sala e cozinha, fizeram sucesso porque permitem uma movimentação mais fluida ao longo do dia. Como consequência, muitas pessoas fizeram reformas nessas partes da casa, criando um local mais acolhedor.
As necessidades e prioridades mudaram durante o isolamento social. Não à toa, o sofá foi um dos itens mais vendidos no período: modelos reclináveis e com apoio para os pés contavam com listas de espera.
A cadeira de escritório também fez sucesso. Boa parte dos trabalhadores não precisava se preocupar com o item, já que tinha esse utensílio à disposição no local de trabalho. No entanto, com o home office, foi necessário investir em produtos de qualidade, com conforto ergonômico e design moderno.
Por fim, os eletrodomésticos não poderiam ficar de fora da lista. Um exemplo bem curioso disso é o aspirador-robô, que deixou de ser objeto de desejo e passou a ser item essencial de muitos brasileiros. Nas redes sociais, os vídeos com o novo acessório se tornaram comuns em 2020.
As tendências de decoração mudaram durante a crise sanitária.
Mais do que um ambiente bonito e moderno, as casas tornaram-se espaços funcionais. Itens que evitam bagunça, como nichos e armários, fizeram sucesso e ajudaram a organizar os ambientes.
Os espaços de convívio também foram valorizados. Não à toa, a venda de sofás disparou, além dele, tapetes, almofadas e luzes adequadas ajudaram a repaginar os ambientes de maneira simples e eficiente.
A decoração aconchegante tornou-se a principal escolha dos brasileiros que passaram a ver o lar como refúgio, onde os móveis de madeira, materiais rústicos, plantas e luz natural ajudam a criar uma decoração intimista e acolhedora. Por isso, essa tendência se popularizou tanto durante os meses da pandemia e acredita-se que deva continuar em alta a partir de agora, já que a cultura do home Office para ter caído no gosto dos brasileiros.
...