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Redecoração e reformas em casa crescem na pandemia

O isolamento social incentivou mudanças nos lares dos brasileiros, que precisaram se tornar mais funcionais e acolhedores e isso fez com que o setor de decoração e construção registrasse um alta significativa nos últimos meses.

 

Os brasileiros passam boa parte do dia fora de casa, seja trabalhando, estudando ou em outros compromissos. E por isso para muitas pessoas, o lar era visto como um ambiente de transição e mero dormitório, contudo, isso mudou com a chegada da pandemia do corona vírus.

O isolamento social foi adotado mundialmente como medida de prevenção contra a doença e de uma hora para a outra, as pessoas passaram a realizar grande parte das atividades em casa. Isso fez com que não demorasse muito para começarem a fazer pequenas reformas e mudanças na mobília como comprar guarda-roupas, cadeiras de escritório e outros acessórios essenciais.

Isso aconteceu porque, uma vez em casa, foi possível perceber inúmeras falhas que antes eram meros detalhes. Ambientes pouco funcionais e a falta de um cômodo para o escritório ficaram evidentes e despertaram o desejo de mudança.

Setor de decoração e reformas registrou aumento de vendas


Em 2020, o setor de construção, arquitetura e decoração teve um ano surpreendente. No início da pandemia, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) fez uma projeção de 11% de encolhimento para o setor. Entretanto, esta estimativa acabou recuando para 2,8% em dezembro de 2020 e foram criados 140.000 novos postos de trabalho em meio à crise. 

Uma pesquisa realizada pelo Grupo Consumoteca revelou que 55% das pessoas da classe A e 39% da classe C fizeram mudanças na decoração da casa durante a pandemia. A Mobly, um marketplace focado em móveis e decorações, teve um aumento de 100% nas vendas.

Os dados mostram que, independentemente do poder aquisitivo, as mudanças e reformas foram uma tendência durante a pandemia. No início, as pessoas focaram em ajustes menores e que não precisavam de um grande aporte financeiro. No entanto, com o avanço da crise sanitária, reformas mais robustas ganharam espaço.

Necessidades e prioridades mudaram na pandemia


Em algumas empresas, o trabalho remoto já era uma realidade, mas a porcentagem de trabalhadores que operavam desta maneira ainda era muito pequena. Por isso, o isolamento social foi uma situação atípica para pessoas em todo o mundo.
 

Trabalhar de casa exige algumas adaptações:

 

A internet precisa ser mais rápida, as cadeiras de escritório são fundamentais e as escrivaninhas facilitam a rotina, além de ajudar a criar uma estação de trabalho mais adequada para quem precisa ficar horas na frente do computador, por exemplo. Então, muitas pessoas investiram nesses itens no início da crise, com o objetivo de criar um ambiente melhor. 

A convivência constante com  os familiares também foi uma novidade. Ambientes integrados, como sala e cozinha, fizeram sucesso porque permitem uma movimentação mais fluida ao longo do dia. Como consequência, muitas pessoas fizeram reformas nessas partes da casa, criando um local mais acolhedor.

Produtos que foram sucesso de vendas

 

As necessidades e prioridades mudaram durante o isolamento social. Não à toa, o sofá foi um dos itens mais vendidos no período: modelos reclináveis e com apoio para os pés contavam com listas de espera.

A cadeira de escritório também fez sucesso. Boa parte dos trabalhadores não precisava se preocupar com o item, já que tinha esse utensílio à disposição no local de trabalho. No entanto, com o home office, foi necessário investir em produtos de qualidade, com conforto ergonômico e design moderno.

Por fim, os eletrodomésticos não poderiam ficar de fora da lista. Um exemplo bem curioso disso é o aspirador-robô, que deixou de ser objeto de desejo e passou a ser item essencial de muitos brasileiros. Nas redes sociais, os vídeos com o novo acessório se tornaram comuns em 2020.

Tendências de decoração

As tendências de decoração mudaram durante a crise sanitária.

Mais do que um ambiente bonito e moderno, as casas tornaram-se espaços funcionais. Itens que evitam bagunça, como nichos e armários, fizeram sucesso e ajudaram a organizar os ambientes.

Os espaços de convívio também foram valorizados. Não à toa, a venda de sofás disparou, além dele, tapetes, almofadas e luzes adequadas ajudaram a repaginar os ambientes de maneira simples e eficiente.

A decoração aconchegante tornou-se a principal escolha dos brasileiros que passaram a ver o lar como refúgio, onde os móveis de madeira, materiais rústicos, plantas e luz natural ajudam a criar uma decoração intimista e acolhedora. Por isso, essa tendência se popularizou tanto durante os meses da pandemia e acredita-se que deva continuar em alta a partir de agora, já que a cultura do home Office para ter caído no gosto dos brasileiros.

 

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